segunda-feira, 6 de julho de 2009

Treinamento mental é tão importante quanto preparação física, dizem especialistas

Na Maratona Caixa da Cidade do Rio, há uma semana, 15 mil corredores se superaram para cumprir 6km, 21km e 42km. E apenas cinco subiram ao pódio. No mesmo dia, a ciclista carioca Dani Genovesi, de 41 anos, tornou-se a primeira latino-americana a vencer a Race Across America, depois de pedalar quase 5 mil quilômetros de costa a costa nos Estados Unidos. Das quatro mulheres que largaram, só a brasileira e a americana Janet Christiansen terminaram no prazo. Já o glaciologista Jefferson Cardia Simões esteve 17 vezes na Antártica e no verão passado liderou a primeira expedição brasileira ao interior do continente. Para superar limites, é preciso ir além da zona de conforto, dizem atletas, treinadores e psicólogos esportivos. Mais que a excelente condição física, o que pesa é a capacidade mental. Lições dessas pessoas podem ajudar no dia a dia.

Psiquiatras concordam que o estado físico é a base para vencer desafios. Sem ele, é muito difícil ter condições de disputar algo. Porém, o aspecto mental faz a diferença, diz o psiquiatra Pedro Antonio Schmidt do Prado Lima, pesquisador da PUC-RS.

- Sem a motivação, o foco, a determinação, ter confiança é muito difícil. No futebol isso é claro. Tanto que treinadores dizem que futebol é momento. Em geral, vamos até onde acreditamos que podemos ir.

Fatores ambientais também pesam. Até modificações na expressão de genes são determinadas por eles. É preciso levar em conta a história pessoal, educação e cultura. Alguém que competiu muito pode ter desempenho melhor por já ter vivido aquela situação de estresse e superado adversidades:

- Às vezes a pessoa tem uma determinação tão grande, têm tanta certeza de que vai dar certo, não importa a dificuldade, que acaba vencendo. Isto é cultural.

Fonte: Jornal O Globo

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